segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Aluna da UniverCidade vai para Dance Theatre of Harlem School


Ingrid dos Santos vai realizar um dos maiores sonhos de uma bailarina. A jovem de 19 anos vai no início de 2008 para os Estados Unidos, onde terá aulas no Dance Theatre of Harlem School, uma das escolas de dança mais prestigiadas de Nova York. A bailarina, que mora com a família na comunidade Parque Arará, em Benfica, começou aos oito anos no Dançando para não Dançar, projeto que reúne talentos de várias favelas do Rio. Foi através do projeto que Ingrid ganhou uma bolsa de estudos no curso de Dança da UniverCidade.“O Dançando para não Dançar mudou o rumo da minha vida. Sempre sonhei em me profissionalizar fora do país e tive muita dedicação. Pretendo fazer meu nome e voltar para trazer conhecimento às crianças do projeto, que precisam de esperança e exemplos”, diz Ingrid, que também fez dança contemporânea no Centro de Movimento Débora Colker por dois anos.Tudo começou quando Ingrid trocou a natação - que fazia desde os 3 anos -- pelo balé. Através de um mestre- sala da Mangueira soube do Dançando para não Dançar, foi assistir a uma aula e nunca mais parou. No ano seguinte, o irmão Bruno, hoje com 16 anos, entrou para o projeto e virou bailarino da trupe. Mas a trajetória de sucesso teve seus contratempos: Ingrid quase pensou em desistir da carreira de bailarina ao ser reprovada no primeiro teste que fez para a escola de dança Maria Olenawa, do Theatro Municipal do Rio. No ano seguinte, passou na audição e por lá ficou durante cinco anos.Ingrid não é a primeira bailarina do Dançando para não Dançar a rumar para o exterior. Outros oito integrantes já foram encaminhados para especialização em balé clássico na Staatliche Ballettschule Berlin, na Alemanha, e no Balé Nacional de Cuba. No Dance Theatre of Harlem School, ela se formará com outros 500 jovens em balé clássico, teoria musical e história da dança, entre outras disciplinas e modalidades de dança.
Fonte: site da UniverCidade www.univercidade.edu

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Samba de gafieira, ritmo procurado por pessoas de várias idades




Por: Leonel Martins

Um ritmo genuinamente carioca vem atraindo jovens, crianças e idosos, de várias classes sociais, do Brasil e do exterior. Ao procurarem o samba de gafieira, uma dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o Lundu e o Batuque, as pessoas buscam mesclar swing e malandragem, com divertimento, distração, relax e o encontro com novas amizades. “Os alunos querem dançar o samba a dois”, explica a professora Sirley Oliveira, da Estação das Danças, em Botafogo.

De acordo com Sirley, em seis meses é possível aprender os passos básicos do samba de gafieira e “arrasar no salão”. Procurada por estrangeiros, interessados no ritmo e em levar a dança para fora do país, Sirley explica que esta é uma forma de ampliar o conhecimento que os turistas têm sobre o Brasil. “O samba de gafieira é diferente do samba de carnaval, como é chamado de samba de solo, em que o dançarino dança sozinho. Quando se fala lá fora do samba de gafieira, ninguém sabe o que é. As pessoas conhecem o samba no pé, o carnaval, as mulatas. Imaginam que o samba se resume a isso”, observa.

Essa necessidade demais divulgação do samba de gafieira vem fazendo com que a Estação das Danças ofereça bolsas de estudos àqueles “realmente interessados” em aprender o ritmo. “A única exigência da escola é que essas pessoas têm que se comprometer em vir ajudar os professores dois ou três dias na semana para dançar com os alunos que não têm par”, explica a professora.

Para o aluno Bruno Vasconcelos, professor de informática, há pouco tempo na academia, a dança foi um achado. “Estou nesta escola há cerca de um mês e a dança já me faz bem. Gosto também da harmonia entre as pessoas, da amizade”. Já a aluna bolsista Janaína Ribeiro da Silva, professora de samba no pé, está nesta escola porque pretende aprender novos ritmos de dança para por em prática em um projeto do qual faz parte. “Os alunos começam aprender o samba no pé e depois querem aprender outros tipos de dança. Com a dança de salão, conquistam novas amizades, aprendem a perder a inibição, procuram estar bem física e mentalmente”.
A coreografia do samba de gafieira é acompanhado de músicas em compasso binário e ritmos sincopados. A dança nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. O ritmo foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa. A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como Polca, Maxixe, Lundu e Xote.


Para mais informações sobre samba de gafieira, visite o site: http://www.estacaodadanca.com.br/
Rua São Clemente, 155 2º - Botafogo 2286.0065
Site:http://www.williansribeiro.cjb.net/

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

DA IRLANDA PARA O MUNDO

O sapateado do Lord of the dance e Grandes nomes
Por: Renata Görgen
Assista o vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=9bQnF4QVruw

O grande sucesso mundial do espetáculo Riverdance, o mais recente da companhia Lord Of the Dance colocou a dança Irlandesa no cenário internacional. Escolas de dança na Irlanda hoje estão cheias de estudantes querendo imitar e aprender os estilos de dança de Jean Butler e Michael Flatley que alcançaram sucesso internacional, cabe salientar que tais performances apresentam somente uma das formas da dança Irlandesa. Atualmente existem várias oportunidades de assistir e apreciar a dança Irlandesa. No Brasil, como no restante do mundo, vêm crescendo o interesse pelo Sapateado.
O sapateado se destaca nos Estados Unidos por ter sido criado no país. Não há índices de popularidade tão relevantes em outros países. Em Londres, há um interesse grande pelo sapateado, mas a maioria de seus professores são importados da América do Norte. Além dos EUA, o único outro país que tem o sapateado como cultura nativa é a Irlanda. Têm grupos até muito populares como o Lord of the Dance, que em seus espetáculos misturam sapateado irlandês, música e danças celtas.
Anteriormente, o estilo do Sapateado Irlandês dava ênfase a uma forma fechada, pernas mantidas próximas, sem chutes largos com pequenas voltas ou sem voltas, e obviamente sem deslocamento. O “Irish Jig” (Gingado Irlandês) exigia, então, de seus bailarinos um rápido e complexo trabalho dos pés, com os braços próximos ao tronco. Este estilo preferido para competições de Step-Dancing mudou em meados dos anos 50 e 60, quando foram acrescentados os “traveling steps”, circular “lead-in’s”, “sevens-and-threes”, imprimindo característica de um estilo moderno de step-dance.

Hoje existem muitas organizações promovendo a dança Irlandesa, parte importante da cultura rural dos Irlandeses. Crianças, adolescentes e adultos competem em eventos de dança que podem ser entre grupos ou individuais.
Bianca Tessa, 24 anos, professora de sapateado há três anos, acredita que "o Brasil vem se desenvolvendo cada vez mais no sapateado , importamos e exportamos profissionais quase que como um intercâmbio! Várias vezes ao ano acontecem encontros sobre sapateado com workshops(pequenos cursos de um ou dois dias) com renomados sapateadores americanos". Hoje em dia há várias companhias de sapateado como a Orquestra Brasileira de Sapateado, que irá estrear espetáculo no primeiro semestre; Cia Claquetes (Cintia Martin), Cia Steven Harper ( Steven Harper) dentre outros profissionais.

História do Sapateado
Muito se fala sobre a história do sapateado, mas sua origem é o fato que causa alguns desencontros, justamente por parecer ter originado de vários lugares. A hipótese mais provável nos leva ao século V na Irlanda, onde os camponeses que usavam sapatos com solado de madeira para aquecer os pés, começaram a brincar com os sons que esse sapato fazia. Criavam diversos ritmos, originando uma dança conhecida como Irish Jig.

Já na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, os operários usavam sapatos de madeira para se protegerem do chão muito quente das fábricas. Nos intervalos de trabalho, os operários ingleses se divertiam com os sons produzidos por aquele sapato, criando uma nova dança chamada Lancashire Clog. Mais tarde os tamancos de madeira foram substituídos por medas de cobre presas a sapatos de couro.

Outra influência também muito forte, veio das danças africanas, que eram feitas pelos escravos em suas poucas horas de lazer. Alguns senhores feudais admiravam essas danças que uniam o trabalho dos pés descalços a movimentos do corpo, e usavam seus escravos para seu próprio entretenimento.
Entre os anos de 1909 e 1920, vários estilos musicais e de dança foram criados nos EUA como o “FOX TROT” e o “TUKEY TROT”, por exemplo. E com a chegada dos africanos e europeus na América do Norte, essa fusão de informações se uniu ao estilo musical americano que estava em alta, então começaram a surgir os sapatos com chapinhas de metal nas solas.

O Sapateado Americano se consolidou realmente no início da década de 20, quando foi criado o espetáculo “Shuffle Along”, onde 16 bailarinas executavam a mesma coreografia dando origem ao chamado “chorus line” e revolucionando os palcos da Broadway.
Desde então, até meados dos anos 40 o sapateado ploriferou como uma febre nos Estados Unidos, espetáculos de Vaudeville, musicais da Broadway, casas de shows, clubes de jazz, em fim, estava por toda parte, até nas ruas e esquinas de New Orleans ou do Harlem. O sapateado conquistou até mesmo as telas do cinema, dando origem a era dos grandes musicais e tendo como protagonistas os grandes mestres: Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly, Ann Muller, entre outros, a partir de 1933.


O Sapateado no Brasil

"O Sapateado Americano descende de várias culturas e estilos musicais. No caso do Brasil, pode-se dizer que ele sofre influências da nossa música por ser muito rica. Somos um povo com a criatividade à flor da pele e conseguimos compor ritmos unindo duas culturas completamente diferentes e muito fortes em cada contexto.
Sabemos também respeitar sua origem. Da mesma forma que, com tantas influências, conseguiu se incorporar à música jazz tornado-se tão genuinamente americano quanto; podemos sapatear nosso samba como se essa arte tivesse nascido aqui, com todo o respeito", afirma Gisella Martins, praticante e professora de sapateado.



GRANDES NOMES

Bill "Bojangles" Robinson (1878 - 1947)

Bojangles foi o marco na história do sapateado, foi o primeiro a "levantar" o sapateado na meia ponta, ou com os calcanhares fora do chão . Antes dele, só se sapateava com os pés inteiros no chão, revolucionando essa dança a partir de 1910 até os anos 40. Ele dançou um número com escadas que ficou sendo sua marca registrada. Ele foi o primeiro negro a conseguir um papel principal na Broadway. Em 1932 fez sua entrada no cinema com Shirley Temple de apenas 6 anos de idade. Ele trouxe leveza, clareza de sons e ritmos ainda desconhecidos. Tudo isso contribuiu para que o dia 25 de maio , data de seu aniversário, fosse comemorado o Dia Internacional do Sapateado; data oficializada pelo Congresso americano para que assim " Bojangles" fosse uma referência para todos os sapateadores.



Fred Astaire ( 1889 - 1987)
Sapateador genial, conseguiu trazer muitos elementos da dança e tinha um porte inconfundível e muita técnica de sapateado. Com seu perfeccionismo trouxe muita contribuição para Hollywood. Nos números de dança ele exigia que se filmasse o corpo inteiro para que eles fossem muito melhor apreciados. Suas coreografias jamais eram repetidas em um mesmo filme, por isso vemos Fred dançando no teto de um quarto, com baquetas de bateria, com um cabideiro, com bengala... e sempre inconfundível pela sua elegância e porte de gentleman.
Fique conhecendo melhor Fred Astaire e seu sapateado nos filmes :
* O Picolino ( 1935) - com Fred Artaire e Ginger Rogers
* Desfile de Páscoa ( 1948) - com Fred Astaire e Ann Miller
* Nasci para Bailar (1950) - com Fred Astaire
* Núpcias Reais ( 1951) - com Fred Astaire










Gene Kelly (1912-1996)
Eugene Curran Kelly, com nome artístico de Gene kelly participou ativamente da história cinematográfica mundial como sapateador e dançarino em mais de 50 filmes. Além disso foi também coreógrafo, produtor, diretor e co-diretor de outros diversos outros filmes.
Fez personagens e cenas inesquecíveis. Atuou e sapateou de todas as formas: com lata nos pés, de patins, com jornal, com sua própria imagem refletida , de marinheiro, na chuva, sozinho e acompanhado de grandes nomes do cinema mundias e do tapdancing. Todas são grandes cenas para os amantes dessa arte tão envolvente do sapateado!
Confira mais de Gene Kelly nos filmes disponíveis nas melhores locadoras:
* Um Dia em Nova Iorque ( On the Town ) 1949 - Com Gene Kelly , Ann Miller e Vera Ellen
* Marujos do Amor - 1945 - Com Gene Kelly
* Sinfonia de Paris ( An American in Paris ) - 1951 -com Gene Kelly
* Adorável Pecadora 1960 - com Gene Kelly
* Cantando na Chuva ( Singing In The Rain ) - 1952 - com GeneKelly Donald O`Connor


Eleanor Powell (1912-1982)

Sem dúvida foi a melhor e maior sapateadora dos anos 30. Tinha muita beleza e talento, somado a sua técnica de sapateado e de giros. Foi estrela de filmes ao lado de outros grandes nomes do sapateado e com performances solo.
Era uma sapateadora clássica, bailarina, atriz e se tornou muito conhecida pela sua precisão, ritmo, exuberância , elegância e graça.
Não deixe de conferir o trabalho de Eleonor Powell nos filmes :
* Born to Dance (Nasci para Bailar)1936 - MGM
* Broadway Melody of 1940 ( Melodia da Broadway de 1940) - 1940 - MGM -Eleonor Powell, Fred Astaire e George Murphy

Fontes: Site "História dos ritmos"

DANÇA EM CIMA DO TRAMPOLIM

A febre do Jump Fit nas academias
Por: Taína Monteiro

A dança possui diversas formas. Contemporânea, balé, sapateado e dança do ventre são algumas delas.

No mundo moderno, as mulheres, pela falta de tempo (e de paciência), buscam agregar saúde, estética e diversão numa mesma atividade. E isso se tornou possível com o Jump Fit.
Em cima de um minitrampolim, os alunos, ao som de uma música sempre muito agitada, dançam coreografias em que pulam, divertem-se e ainda queimam calorias. “A aula é dinâmica, mistura coreografias, movimentos de corrida, saltos, em que o suor é inevitável, e todo mundo adora”, conta a professora Petty Gonçalves, da Petty Academia.

A diversão e a adrenalina são os predicados dessa dança tão radical “os alunos cantam, dançam, dão risadas, e se mexem o tempo todo”. “As aulas são pré-coreografadas e as rotinas coreográficas são extremamente fáceis e divertidas, garantindo a intensidade das aulas e a participação dos alunos”.

O médico Antônio Rodrigues explica que a atividade é de baixo risco para a saúde: “A superfície elástica do trampolim absorve todo o impacto dos saltos”. Mas ele ressalta a importância de exames médicos antes de iniciar no trampolim “é importante passar antes por essas avaliações, para fazer a aula sem riscos e com mais segurança”.

O Jump fit proporciona maior resistência cardiovascular por aumentar o bombeamento sanguíneo durante os exercícios, melhorando a circulação e, até mesmo, prevenindo aparecimento de varizes. "O coração trabalha com mais eficiência", explica o doutor Antônio Rodrigues. Além de tudo isso, ainda ajuda a combater o estresse, pois libera endorfina, o hormônio da felicidade.

No aspecto da estética, as aulas atacam as celulites, tão temidas pelas mulheres, pois drenam a linfa, líquido que concentra as toxinas. Também auxiliam no enrijecimento de pernas e bumbum, além de a perda calórica ser de dez calorias por minuto!!!!

Para desenvolver a atividade na academia é preciso que o local seja licenciado e os professores treinados e aprovados nas avaliações. A academia paga uma taxa mensal para obter o programa, que é composto de CD, apostila, fita de vídeo, entre outros.

HISTÓRIA DO JUMP FIT
O ancestral do Jump brasileiro é o conhecido trampolim acrobático, cujos primeiros registros técnicos foram feitos em 1911. Em 1938, foi criado um protótipo de menor tamanho, denominado mini-trampolim, com o propósito de popularizar a atividade e torná-la viável para todos. Em 1975, esta atividade passou a ser divulgada e praticada nos EUA, nas Filipinas e em Hong-Kong, e desde então muitos estudos passaram a ser realizados.

Alguns cientistas da NASA descobriram que após 14 dias no espaço, os astronautas apresentam uma significativa perda de massa óssea e muscular, em função das condições gravitacionais diferenciadas. O trampolim elástico é a atividade que mais se assemelha a estas condições especiais de gravidade em função da movimentação vertical e, após algumas pesquisas, constatou-se que esta atividade seria a mais indicada como prevenção e terapia para estes indivíduos.

Outras entidades se interessaram pelo assunto e passaram a conduzir e patrocinar várias investigações científicas, que unanimemente comprovaram a eficiência do trampolim elástico como meio de condicionamento físico.


Fonte: Academia Movimento

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A DANÇA DO VENTRE E A SAÚDE DA MULHER


Por:Leonel Martins

Surgida da cultura oriental e considerada umas das mais antigas do mundo, a dança do ventre tem um papel importante na saúde da mulher. Ajuda a regular os hormônios do aparelho reprodutor e a fortalecer o períneo, promove a irrigação sangüínea no útero, é benéfica para o parto, podendo aumentar também a fertilidade. Além disso, regulariza o intestino, previne os problemas abdominais, alivia as cólicas e aumenta a auto-estima. Quem afirma é a professora Elka Rodrigues, da academia Estúdio de Dança Paulo Araújo, em Ipanema, há vinte anos dançando e ensinando a dança do ventre.

A dança interessa a todas as gerações. “Tenho alunas dos quatorze aos setenta anos, só que as mais velhas, normalmente, vêm por recomendação médica, por causa da artrose, flacidez do períneo (músculos que seguram os órgãos internos da mulher), por causa do parto, e os médicos indicam para fortalecer essa região pélvica da mulher”, explica Elka Rodrigues.

Sensualidade
Segundo ela, as mulheres mais novas vêm com idéia de sedução, mas quando conhecem a dança, descobrem que não se trata só de algo sensual. Foi o que aconteceu com a promotora de eventos Rita Agra, aluna da academia há três anos “Entrei para esta dança por causa da parte sensual, de que eu sempre gostei muito. Quando eu assistia a filmes de dança, ficava me imaginando ali. Eu não tive incentivo de ninguém para aprender a dançar”, conta Rita, que gosta também da música árabe. “Desde que comecei a praticar a dança, senti uma melhora na parte corporal e emocional, e nunca tive mais dificuldades em relação à saúde. A dança me ajudou no alongamento, postura e até mesmo nas dores de coluna, cólicas e no ciclo menstrual, que ficou bem regulado”.

Elka explica que os movimentos da dança trabalham o equilíbrio hormonal também no caso das mulheres que têm menopausa precoce e voltam a menstruar em menos de um ano. Além disso, é uma dança que queima bastante calorias. Em uma aula bem forte, pode-se queimar de 700 a 800 calorias. “Falo tudo isso baseada em pesquisas médicas, fisoterapêuticas, e de professores de educação física”, afirma Elka.

Novela O clone
A professora lembra que a dança do ventre ficou em destaque no Brasil com a telenovela O clone, da Rede Globo, da qual participou como responsável pelos atores que praticavam a dança. “Depois da novela, vi que as pessoas começaram a associar a dança mais a aspectos culturais. E aquelas que sabem já não têm vergonha de mostrar, pois até os médicos recomendam”, observa.

Acessórios
Em relação aos acessórios, para fazer a dança do ventre, a princípio, não é necessário nada a não ser o véu, mais, com o tempo, as bailarinas vão adquirido espadas, bastões de dança, os nunjes (pratinhos que fazem o barulho da música), taças nas quais são colocadas velas acesas e outros ornamentos que variam, dependendo da região onde a dança se realiza – são cerca de vinte países de língua e influência árabes e cada país tem um jeito de dançar.
Também em relação à música, cada país árabe tem seu ritmo. No Irã e no Iraque, dança-se o ralije. No Egito, o said, enquanto no Marrocos tem as danças berbes.


História e Origem
A dança do ventre desenvolveu-se entre os primeiros povos a habitarem a Ásia menor, inicialmente como dança religiosa, sob o matriarcado como forma de representação e adoração à deusa Inanna ou Astarte, a grande deusa-mãe-terra, e, posteriormente, como forma de aprendizado e entretenimento entre mulheres.Limitar a origem e o desenvolvimento da dança do ventre ao Egito é um equívoco tão grande quanto restringir seus movimentos apenas à área do abdômen.
A dança do ventre trabalha o corpo feminino como um todo. Seguindo a trajetória da evolução, cada povoado adaptou a dança sagrada (sua estrutura de movimentos, vestimenta, ritmos e coreografia) segundo seus costumes e crenças.
Acredita-se que essa dança tenha sido criada visando reproduzir, por meio de movimentos variados, os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), animais sagrados como a serpente (símbolo da Deusa–mãe-terra), cataclismos como terremotos, maremotos além de todo o ciclo que envolve a fertilidade feminina e a concepção da vida. Dançarinas do antigo Egito adornavam seus quadris com sementes que, ao serem chacoalhadas, emitiam um determinado som para cada movimento. Desde então, o corpo é o maior instrumento da dança oriental, só ele tem a capacidade de materializar a música árabe.

Ao longo do tempo, pelo processo de mistura entre culturas, causado pelas constantes guerras, invasões ou simplesmente pelas visitas freqüentes de povos nômades, a arte da dança oriental foi divulgada e assimilada por todo o oriente antigo.
http://elcarodrigues.multiply.com/journal/item/1

site da academia :www.estudiopauloaraujo.com.Br

Endereço:Rua Teixeira de Melo, 87-3°Piso
Fone:2525-8473/3217-1011

A DANÇA QUE MUDA A VIDA - SOLIDARIEDADE LEVA A DANÇA PARA A COMUNIDADE
















A criminalidade, as drogas e a violência presentes nas favelas, hoje são amenizadas pela arte solidária. É o que vem provando o Studio de dança ValorArte, que faz um trabalho voluntário com diversas crianças no morro Pavão Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.

O Studio ValorArte é dirigido por Fabiana Valor (atriz, bailarina e jurada do Prêmio Shell de Teatro), uma veterana da dança, que atua no mercado há 23 anos, e há muito tempo já cogitava a hipótese de participar de um trabalho voluntário. Está há 2 anos trabalhando no Solar, e seu Studio está presente há 2 meses no projeto.

A DANÇA MUDA A VIDA

O Studio ValorArte oferece aulas de balé e sapateado, com duas turmas de 15 alunos cada. Todas as aulas são realizadas no próprio morro Pavão Pavãozinho, e a violência já mostrou sua face em alguns momentos durante as aulas:

- Começou um tiroteio muito forte pouco antes o início da aula. A professora colocou todos os alunos para dentro da sala. Muitos choravam, estavam com medo, alguns desesperados. A idéia dela foi dar aula normalmente, e deixou livres aqueles que estivessem muito nervosos a não fazerem aula. E eles fizeram, todos. Parecia cena de cinema: barulho de tiros e helicóptero sobrevoando do lado de fora, e dentro as crianças dançando lindamente, ao som de música clássica. Foi algo marcante e que, com certeza, ajudou aquelas crianças naquele momento tão ruim. – conta Fabiana

As crianças vêem na dança uma forma de fugir da realidade em que vivem, uma maneira de sonhar que podem viver uma vida diferente. E Fabiana provou que podem:

- Infelizmente a realidade deles é aquela, de violência, mas a gente está tentando tira-los de lá, afastá-los daquele mundo tão cruel. Uma menina que freqüenta as aulas de dança lá no morro, agora também freqüenta as aulas aqui no Studio. Nós percebemos o potencial dela, o talento, e as grandes chances de crescimento que ela tem na dança, e decidimos investir, oferecendo uma bolsa para ela aqui no Studio.

Fabiana destaca a diferença entre os alunos que pagam pelas aulas no Studio, e os alunos do projeto Solar Meninos de Luz “aqui as crianças vem porque a mãe quer muito, às vezes é mais uma realização da mãe do que da criança. Lá no morro é diferente, as crianças amam muito estar ali, amam a oportunidade que está sendo oferecida. Eles possuem uma garra, uma dedicação, fora do comum”.

A dança vem transformando a vida dessas crianças do morro Pavão Pavãozinho, revelando uma vida de sonhos possíveis, e sem violência. Mas não é só a vida dessas crianças que muda “toda vez que eu vou lá eu me emociono, parece que é um ganho, uma vitória a cada dia”.

UM POUCO DA HISTÓRIA DO SOLAR MENINOS DE LUZ

O projeto nasceu a partir de uma desgraça, ocorrida em em 1983, com a queda de uma caixa d’água sobre barracos do morro.

Dirigentes do Lar Paulo de Tarso (Instituição Espírita de Estudos e Assistência Social) subiram o morro para auxiliar as vítimas e os desabrigados. Muitos voluntários começaram a aparecer no morro, querendo ajudar, prestar serviços, e até recreação para as crianças. Aos poucos, o trabalho foi crescendo e o número de pessoas atendidas também.

Várias estruturas foram criadas como ambulatório, creche, salas de aula e muitas outras atividades, todas gratuitas, para a comunidade do morro.

O Solar Meninos de Luz começou atendendo 35 crianças, e hoje ajuda mais de 400, além de possuir cerca de 100 empregados e 60 voluntários. O projeto já atendeu cerca 3 mil pessoas.


TAÍNA MONTEIRO

Companhia de Dança da Cidade empolga platéia do Teatro Municipal
Remontagem da coreografia "45 Movimentos", de Graciela Figueroa

Um Teatro Municipal lotado aplaudiu os bailarinos da Companhia de Dança da Cidade, que se apresentaram no Festival Panorama de Dança 2007. Sete peças que marcaram a história da coreografia brasileira foram interpretadas por 14 bailarinos da UniverCidade durante o festival internacional, que em sua 16a. edição, promoveu espetáculos nos mais importantes palcos do Rio de Janeiro.“É uma grande experiência para a Companhia apresentar o programa “Danças de Repertório” para um público tão diversificado”, comemorou Roberto Pereira, diretor artístico da Companhia de Dança da Cidade e coordenador do curso de Dança da UniverCidade.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Festival Panorama de Dança 2007

Em sua 16ª edição, o Festival Panorama de Dança 2007 se realizará entre 31 de outubro e 14 de novembro. Dedicado às múltiplas tendências da dança, o festival vai reunir diferentes profissionais do setor: coreógrafos, bailarinos, videomakers, companhías, programadores, produtores, etc.
Panorama se apresenta num espaço privilegiado, que permite aos profissionais da dança o intercâmbio de experiências, o contato com futuros colaboradores, a apresentação de novas obras. O festival se confirma como um dos principais contextos para a dança na América Latina, apresentando cerca de 35 obras de renomados artistas nacionais e internacionais, assim como performances.
Em anexo, as obras já confirmadas. Em breve podem consultar a programação completa no site: www.panoramafestival.com
Informamos também os outros festivais que acontecem paralelos ao Festival Panorama:
11º Festival de Dança do Recife : 11 a 21 de outubrowww.recife.pe.gov.br
Bienal de Dança do Ceará : 21 a 31 de outubro em Fortaleza; de 26 a 31 outubro em Sobral www.bienaldedanca.com
FID Belo Horizonte : de 28 de outubro a 4 de novembro www.fid.com.br
Bienal de Santos : de 14 a 18 de novembrowww.sescsp.org.br/sesc/hotsites/bienal_danca/apresentacao.html

Para outras informações, entrar em contato com Melanie Fréguin no e-mail: melanie.freguin@panoramafestival.com

Isabel FerreiraCoordenadora de projetos / Project coordinator
Festival Panorama de Dança: www.panoramafestival.com

domingo, 28 de outubro de 2007

O HIP HOP INVADE AS ACADEMIAS


Moda americana cai nos gosto dos brasileiros
Por Taína Monteiro

Agora, perder calorias não é mais um sacrifício. As aulas inspiradas no hip hop, transformaram as cansativas horas de bicicleta ergométrica, no prazer da dança.
O hip hop foi criado nos Estados Unidos na década de 60. Um movimento cultural com espaço aberto para reinvidicações, protestos e divulgação da cultura das classes menos favorecidas, das ruas, dos guetos.
Já no Brasil, o hip hop surgiu na década de 80, em São Paulo. Artistas como Thaíde, Racionais Mc's, entre outros, ajudaram a difundir essa cultura.
Esse movimento é composto por quatro atividades: o canto do rap, a instrumentação do dj, a dança do break dance, e a pintura do grafite. E é do break que nós iremos falar!
As aulas de hip hop nas academias começaram a se expandir junto com a divulgação do ritmo no Brasil. Uma alternativa divertida que auxilia no emagrecimento, na melhora do condicionamento físico e da coordenação motora.
"- O hip hop é uma modalidade com pouca contra-indicação, em que o batimento cardíaco não eleva tanto, mas a queima calórica é considerável! As pessoas se divertem e queimam calorias ao mesmo tempo. As pernas e os glúteos são muito trabalhados durante os movimentos, e os resultados são visíveis em pouco tempo." - revela Anderson Lima, professor e dançarino de hip hop.
Para os que se preocupam com a fato da dança possuir movimentos um tanto quanto difíceis, o professor tranquiliza:
- A aula não é para ensinar o aluno a dançar hip hop. Então, os movimentos mais complicados não são usados. Nosso objetivo, repito, é queimar calorias.
As músicas mais tocados nas aulas são de Beyoncé, 50 cent, Rihanna e Justin Timberlake, todos muito divulgados no Brasil e no mundo.
- As aulas atendem a todos os públicos, todas as idades e sexos. Tenho alunas de 50 anos e de 15. Não há preconceito para a dança, nem para quem quer buscar uma vida saudável através da atividade física. É só adaptar para suas necessidades, e eu tento fazer isso com cada aluno, afirma o professor.
Então, se você é fã de dança, e gostou da idéia de queimar calorias fugindo das atividades físicas tradicionais, assista ao clipe no link. Existem muitas academias pelo país que oferecem essa atividade. É procurar uma perto da sua casa, e começar!

domingo, 7 de outubro de 2007

Dança de salão na terceira idade


Professor Marcelo e D. Helena em ação

Por Renata Görgen

http://br.youtube.com/watch?v=bibtqDxXv1o

Associar a necessidade do exercício físico ao prazer de dançar vem sendo um caminho adotado pelos idosos para manter em dia a saúde. Ao aderirem à dança de salão, eles fogem da mesmice e exercitam não só o corpo, como a mente. Os bailes promovidos pelas academias são aguardados com ansiedade, e na falta de um acompanhante, até contrata-se um dançarino.


Alunas da Master Class (Ginga Carioca Companhia de Dança)
Foi justamente através da irmã portadora da doença de Alzheimer, que Nilza Tavares Homem, de 81 anos, conheceu a dança de salão . Segundo Nilza: "sua irmã sentiu-se muito bem nas aulas de dança, porém a evolução da doença impediu-a de continuar..." Há 8 meses freqüenta as aulas duas vezes por semana, na Ginga Carioca Companhia de Dança, no Posto 6. Consciente da importância do exercício físico, ela também caminha uma hora diariamente na praia de Copacabana.
Operação na coluna, nos dois fêmurs e no pé de bailarina. Para os simples mortais seria um atestado de invalidez, mas para Célia Bueno Brandão, 73 anos de idade, foi um empurrão a mais para a prática da dança de salão. Após as cirurgias fez três anos de fisioterapia e pilates, e achou muito chato. ”, conta.
Célia, que sempre gostou de dançar – "parecia que tinha um foguete nos pés" –, tem mais um motivo para freqüentar a academia. "Estou sempre com os jovens e, para mim, isso é a melhor coisa do mundo"
Helena Piza, 77 anos, procurou uma academia para se recuperar de uma cirurgia na coluna. Inicialmente fazia hidroterapia, mas mudou para a dança de salão. "Porque é mais divertido e não sinto dores no nervo ciático."

O professor
Marcelo Melo, 28 anos, é professor de dança de salão da Ginga Carioca Companhia de Dança há um ano e dois meses e enfatiza a Master Class (para alunos da terceira idade) como principal turma das academias. É master porque a experiência absorvida com a turma é singular, não se aprende em faculdade nenhuma. Por isso Marcelo tenta criar uma integração entre os jovens e a Master Class, afinal, "Não importa a idade. Nós nos tornamos fortes com a experiência de vida deles."A indicação da atividade física pelos médicos, e conseqüentemente a dança de salão está incluída entre as opções dos idosos por ser prazeroso, dá credibilidade ao trabalho sério realizado por Marcelo. Buscando realizar um trabalho voltado à terceira idade, as aulas de dança de salão da Ginga Carioca trabalham a memória, a partir das coreografias e de questões que o professor traz para estimular as alunas. Além disso, Marcelo estimula passeios culturais como teatro e cinema.
As aulas começam com bolero, valsa ou swing, ideais para o aquecimento, finalizando com ritmos mais acelerados como o samba e o forró, preferidos da turma."Na idade delas é necessária uma atenção maior. O profissional tem que entender as limitações das alunas, respeitando a individualidade delas. Caso haja um descuido, podem acontecer até fraturas, por isso a aula tem que ser light", ressalta Marcelo.
Efeitos da atividade física em idosos
A prática da atividade física é recomendada para manter e/ou melhorar a densidade mineral óssea e prevenir a perda de massa óssea. A atividade física regular exerce efeito positivo na preservação da massa óssea. Além disso, melhora a força e a flexibilidade articular, o controle da glicemia, do perfil lipídico, da função pulmonar, da pressão arterial e do perfil lipídico, ajuda na redução do peso corporal, melhora o equilíbrio e a marcha e reduz a dependência para realização de atividades diárias. Essas benefícios levam, ainda, a aumento da auto-estima e da autoconfiança, e, conseqüentemente, a significativa melhora da qualidade de vida.
A treinabilidade do idoso (a capacidade de adaptação fisiológica ao exercício) não difere daquelas de indivíduos mais jovens. A atividade física regular diminui a incidência de quedas, o risco de fraturas e a mortalidade em portadores de doença de Parkinson. A atividade física tem sido preconizada, também, para outras doenças neurológicas como esclerose múltipla e doença de Alzheimer.

Ginga Carioca Cia de Dança
Rua Djalma Ulrich, 154/ 2º andar
Copacabana - Rio de Janeiro
Telefone: 21-3507-9309
www.gingacarioca.com.br

Fonte: Publicação com o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre atividade física e saúde em indivíduos idosos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Jongo ganha novo fôlego no Rio de Janeiro


Por :Leonel Martins

Uma das mais ricas manifestações da cultura afro-brasileira, originária dos batuques e danças de roda trazidos por escravos do antigo reino do Congo, e pelos negros da nação Bantu de Angola, o jongo está ganhando um novo fôlego no Rio de Janeiro. Por quase cem anos, esta dança ficou restrita a algumas comunidades da região do Vale do Paraíba (que compreende os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais).

Aos poucos veio ganhando terreno e, hoje, é praticada em vários pontos da cidade do Rio de Janeiro, atraindo não só pessoas das comunidades, como visitantes, enfim, todos aqueles que têm vontade de conhecê-la. Apresentações em escolas, universidades, teatros e em bairros como Santa Tereza e a Lapa, já são comuns na cidade. A grande referência dessa manifestação é a comunidade da Serrinha, em Madureira.

De acordo com professora Luiza Marmello, professora de canto da escola Jongo da Serrinha, localizada na comunidade, a dança praticada ali ainda preserva muitas características de tempos atrás, porém, algumas mudanças foram necessárias para que este tesouro cultural não fosse esquecido. “O jongo precisava ser transmitido para as gerações futuras desde cedo, e não apenas para os adultos como antigamente, quando só os mais velhos podiam dançar”, explica. “Com a morte dos jongueiros idosos, começou-se a dar oportunidades aos jovens e crianças para participar da dança”.

Esse trabalho de divulgação para as novas gerações contou com o empenho do falecido mestre Darcy do Jongo, que, por quase 42 anos, realizou apresentações em diferentes regiões do Brasil e no exterior. “Os resultados estão surtindo efeito agora”, analisa Luiza, para quem a raiz do jongo está no morro da Serrinha. “Damos aulas para crianças e jovens não só da nossa comunidade, mas também de outras localidades. Servimos de modelo para as comunidades de Paraty, Valença, Angra do Reis e Vassouras”, conta ela.

O jongo é considerado oficialmente patrimônio imaterial da cultura brasileira, pelo Ministério da Cultura.

Conheça a história do jongo
O jongo é uma dança comunitária de origem rural que data da época da escravidão e foi recriada nas primeiras favelas do Rio de Janeiro.Ao longo de vários anos vem se registrando na cidade do Rio de Janeiro, o ressurgimento da dança, trazida por escravos oriundo deste continente e que é preservada até os dias atuais por descendentes de africanos. O jongo é praticado, hoje, nas periferias urbanas e em algumas comunidades rurais e, principalmente, durante as festas dos santos católicos, de divindades afro-brasileira, no dia de comemoração da data escravatura.

No passado a dança só era praticada por descendentes de africanos, mas hoje em dia tem se registrado a mistura ou entrada de brancos praticando esse tipo de dança. Em meio às profissões de fé na força dos ancestrais deixados na África e à crônica da vida dura na lavoura, os africanos cifraram palavras em português e em dialeto para burlar os ouvidos dos feitores e maldizer a opressão, falar de liberdade e combinar fugas.

Os Jongueiros
São todos os praticantes do jongo e se reúnem todos os anos para discutir os rumo desta manifestação cultural existente no país de maneira a preservá-la.Os jongueiros aprenderam a trocar o sentido das palavras, criando um novo vocabulário para se comunicarem entre si e fugirem do castigo dos senhores que não entendiam esta linguagem cifrada, enigmática e metafórica.

A dança
A dança do Jongo é de intenção religiosa-fetichista, podendo ser considerada afro-brasileira. É uma coreografia de roda, com movimentos circulares no sentido contrário aos dos ponteiros do relógio. Dança-se ao som de dois tambores: um grande “tambu”, outro pequeno, “candongueiro”; de uma “puíta” ou “cuíca”. Usam também “guaiás” (chocalhos).Sozinhos ou em pares os praticantes vão ao centro da roda, dançam até serem substituídos por outros jongueiros.

Muitas vezes nota-se, neste momento da substituição, o elemento coreográfico da umbigada. Dança-se conforme se sabe. Uns dançam rodando, outros pulando ou arrastando os pés.Uns dançam devagar, outros bem rápido. Às vezes os passos são como os das coreografias observadas nas rodas de santos da umbanda. São várias as maneiras de se dançar o jongo.

Músicas
A música tematiza situações do cotidiano, cantadas de improviso em relação com pontos tradicionais que são respondidos em coro pelos participantes, numa combinação empolgante de batuque, canto, dança, religiosidade e brincadeira.As letras falam da faina nos cafezais, das agruras do cativeiro, da violência dos feitores e dos mistérios da natureza, povoada por jaguatiricas, tatus, saracuras, inhambus, jacus e lambaris – fauna nativa a que se juntam os bois e cavalos da fazenda. Ícones católicos que ganharam novos significados com o sincretismo também freqüentam os pontos, como são Benedito, santo Antônio, Nossa Senhora e o Menino Jesus.

Terreiros
Os terreiros são os locais onde são praticadas as danças do jongo.Os jongueiros há muito que deixaram de ser nas comunidades e, hoje em dia os grupos de dança do jongo se apresentam nas escolas, universidades, quilombos, festas oficiais, aniversários da cidade, em algumas comunidades e na época do carnaval.

Instrumentos musicais
Nesta dança são utilizados tambores, feitos de um único tronco de árvore escavado, são chamados de caxambu. O de som mais grave é também chamado de tambu, e o de som mais agudo, candongueiro.
Para mais informações clique em: http://www.jongodaserrinha.org.br/

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A Tradição do Balé Clássico na Era Digital












"A ação na dança, é a arte de fazer passar emoções e ações à alma do expectador pela expressão verdadeira de nossos movimentos, de nossos gestos e de nosso corpo". Garaudy 1980

Por: Renata Görgen

Nos últimos 20 anos, as academias e escolas de balé clássico sofreram uma diminuição considerável do número de alunas. Segundo profissionais da área, como Gabriela Leite, Ana Formighieri e Jeannine Valoi Marinho, nas turmas onde anteriormente uma vaga era disputadíssima, hoje sobram lugares. Os tempos modernos trouxeram novidades como o jazz contemporâneo e outras modalidades de dança que provocaram maior interesse do público do que o tradicional e rigoroso balé.

Famoso pela disciplina "espartana" e treinamentos árduos, o clássico assusta as meninas da era digital, amantes do conforto e praticidade. Além disso, o custo das aulas clássicas é bem superior ao valor pago, por exemplo, nas academias de ginástica e musculação. Sendo o fator econômico determinante no momento da escolha da atividade física e artística das meninas e dos meninos atualmente.

Baby class: iniciando no balé
Até a década de 80, toda mãe queria colocar a filha no balé. Hoje em dia, este espaço é dividido com a ginástica artística e atividades intelectuais (cursos de idiomas, informática, etc). Afinal, quem não se impressiona com as aparições fantásticas da nossa equipe de ginástica? A modalidade evoluiu e ganhou expressão no Brasil, conquistando o gosto popular, enquanto o balé foi ficando cada vez mais elitizado.

Gabriela Leite, 19 anos de idade e 8 de balé, confirma os dados acima e diz que o número de meninas vem diminuindo sim, baseada na sua experiência como professora. Algumas mães ainda optam pelo balé graças à necessidade das filhas trabalharem a postura e a graciosidade. Para Gabriela, "quando as crianças atingem a adolescência, a probabilidade de abandonarem o clássico aumenta pela falta de interesse por uma dança tão "quadrada" como o balé". Até surgem timidamente alguns profissionais que adaptam as aulas de balé para facilitar a execução dos movimentos e conquistar mais adeptos, mas na verdade, o clássico não vai mudar a técnica nunca.

Segundo Ana Formighieri, também bailarina e professora de clássico, muitas alunas mantêm as aulas de balé na programação devido à excelente base e limpeza nos movimentos que nenhuma outra dança atinge. O balé é a base de tudo. Ana integra o grupo "Nós da dança" e desde os 18 anos é profissional. A falta de condições financeiras não seria, para Ana, o principal motivo para a redução de alunas, já que existem alternativas públicas como a Escola Maria Olenewa, na Lapa, que oferece ótima preparação gratuitamente, inclusive para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro . Ana acredita que a falta de divulgação contribui para que o balé corra o risco de cair no esquecimento... Citou o exemplo da repercussão que a dança de salão ganhou após as aparições em um canal de televisão aberta, ficando acessível a todos.

O Mercado no Brasil e na Europa
Os grupos de dança, como o "Nós da Dança", que possuem seu próprio espaço para ensaios, até conseguem se manter aqui no Brasil. O número de apresentações anuais é pouco para sustentar a estrutura dos grupos, cerca de três por ano. A Petrobrás oferece um patrocínio a cada dois anos para 10 companhias através do PROGRAMA PETROBRÁS CULTURAL, que movimenta R$2,9 milhões por ano. Com exceção de três grupos (Teatro Oficina, Grupo Galpão e Grupo Corpo), as outras companhias financiadas pela BR terão que se submeter à seleção anual para conseguirem renovar o patrocínio. Os grupos se sustentam utilizando o SESC para ensaios, contando com produtores estrangeiros e realizando espetáculos no exterior. Inclusive, bailarinos de comunidades carentes têm se dedicado com profissionalismo à dança e conseguido espaço fora do Brasil.

Um caminho inverso foi percorrido pela ex-bailarina e professora de dança, Jeannine Fernande Valois Marinho, 77 anos, francesa, que construiu uma carreira sólida no exterior, e conheceu um maestro brasileiro com quem teve três filhos e veio morar no Brasil. Como bailarina clássica foram 18 anos dedicados em diversos teatros (Nancy, Metz, Strasbourg e Paris-Europa), passou também por Reims (a capital da champagne), a 150 km de Paris. O currículo de Jeannine impressiona: no Ópera de Paris trabalhou com Mestre Denizart, madame Labisse e três anos com Helena Maximi, Grand Sujet da Ópera; na Ópera de Marseille com Nadine de Marsange; no Teatro Alhambra de Paris e durante cinco anos no Moulin Rouge!
Na casa de espetáculo mais famosa da França, que mereceu até uma produção cinematográfica com atores hollywoodianos, Jeannine dançou France CanCan e disse que o Moulin Rouge foi bem retratado no filme de mesmo nome, salvo alguns exageros. Aqui no Brasil, trabalhou nas academias de Johnny Franklyn, Sônia Machado e atualmente está no Sauer Arte, rua Lopes Quintas, Jardim Botânico. Chegou a se apresentar no Cassino Beirute na temporada de 1960-61, também dançando France Cancan. Foi lá que conheceu o maestro e marido Edison Marinho.

Jeannine observa que a classe média pratica cada vez menos balé devido ao custo das aulas, já que no orçamento da casa este tipo de atividade não tem prioridade num momento de economia. Fazendo um paralelo entre França e Brasil, ela analisa que culturalmente somos muito diferentes. As brasileiras querem sambar, adoram os ritmos mais quentes, enquanto na França, mesmo no inverno, o balé é praticado de maneira popular. Lá tem vários teatros e todos fazem apresentações com seus corpos de baile, sustentados pelo governo e também pela iniciativa privada. Coisa que não acontece no Brasil, onde a carência de espetáculos inibe o contato do público com a arte. Aliás, para Jeannine "o balé deveria ser mais democrático no país, apesar das atitudes tomadas pelos projetos sociais de balé clássico, a quantidade de praticantes continua descendo".
É interessante ressaltar que na Rússia, o Balé Bolshoi passou por dificuldades financeiras recentemente e a decadência foi inevitável. Já o Balé Kirov conseguiu sucesso dando mais harmonia ao clássico. Na França, por exemplo, existem dois programas para as óperas: uma versão clássica e uma mais popular, adaptada para atrair o grande público.
Uma arte tão plástica e exigente na execução dos movimentos pode sobreviver a era digital, desde que sofra algumas adaptações e consiga competir com as "marombas" de academia e a fase crítica em que as alunas precisam se dedicar aos estudos, prestar vestibular. Enfim, no Brasil, o balé necessita de uma reformulação geral e maior respeito por parte do governo. Incentivo e profissionalização talvez impulsionem o clássico num país que ainda está em desenvolvimento e acredita que um dia poderá se equiparar culturalmente ao países do Velho Mundo.

Orkut
No site de relacionamentos orkut, existem 44 comunidades de balé clássico registradas, contra mais de 1000 falando de ginástica. Estes números comprovam que o interesse pelo balé reduziu bastante e por isso fica mais difícil o clássico se sustentar no mercado.

Universos bem distantes
Definitivamente, raves e música eletrônica não combinam com o rigor do balé clássico. A era digital nos proporcionou novas descobertas, como por exemplo a internet, que trouxe uma mudança geral no próprio comportamento das pessoas. Algumas delas se falam menos pessoalmente , porque tem a facilidade do computador para se comunicar com os amigos. Num mundo onde as mulheres já possuem cargos de chefia, e algumas ganham um salário maior do que o de seus maridos, onde fica a delicadeza e fragilidade feminina? As meninas de hoje tem uma dificuldade enorme de se enquadrar em atividades rígidas demais, e na maioria das vezes completamente contrário ao gosto da juventude. Afinal, a música clássica não consta normalmente na lista de preferidos do ipod da garotada de hoje.